29 de set. de 2011

Discurso da Presidente CNDI.

O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO DIGNO NO BRASIL
KARLA GIACOMIN, PRESIDENTE DO CNDI (GESTÃO 2010-2012)

Usualmente, eu preferiria falar de improviso, mas considerando a importância da III CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, preferi redigir um discurso a ser lido em cada uma das conferências estaduais.
Entendo este momento da III Conferência como um manifesto público do desejo da população brasileira de ver respeitado o seu direito de viver e de envelhecer com dignidade.
Esse direito que parece óbvio ainda não está garantido para todos os brasileiros de todas as idades. Os direitos no Brasil costumam diminuir à medida que a cor da pele escurece, que a idade aumenta, que a renda diminui, que caminhamos em direção à periferia das cidades ou chegamos próximos de florestas e reservas. Este país nosso consegue ser ao mesmo tempo tão grande e tão desigual...
Neste ponto, cabe um retorno à história para entendermos porque, especialmente o direito da pessoa idosa, tem sido tão pouco respeitado. Não pretendo ir muito longe. Retomo-a a partir da publicação da Constituição Federal de 1988, a constituição cidadã.
Diferentemente do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos Conselhos de Defesa da Criança e do Adolescente que acontecem já em 1990, o Conselho Nacional do Idoso foi criado pela Política Nacional do Idoso em 1994, mas somente será constituído em 2002, seguindo-se pelo Estatuto do Idoso, promulgado em 2003, ou seja, 15 anos após a Constituição. O Estatuto existe a partir da luta e perseverança da queridíssima e saudosa Nara Costa Rodrigues e do Senador Paulo Paim, bem como de milhares de idosos de todo o país, que se reuniram de ponta a ponta do país para debater e exigir seus direitos. Porém ainda nos falta efetivar ambos: nossa Política e o nosso Estatuto.
O artigo 230 da Constituição Federal estabelece que a Família, o Estado e a Sociedade serão responsáveis pelo amparo aos idosos, mas não define onde começa nem onde termina o papel de cada um. A Constituição é tímida ao tocar nos direitos das pessoas idosa e, certamente, reflete a mesma timidez da sociedade brasileira em se mobilizar para defender a velhice como direito natural da pessoa humana. Quando a velhice é respeitada, a sociedade demonstra que um direito fundamental, o que prevalece sobre todos os demais, o direito à vida está sendo respeitado.
O Brasil também é signatário de pactos internacionais em favor do Envelhecimento, como o Pacto de Madri, que reconhece o envelhecimento da população como a maior conquista da humanidade e que deve ser entendido não como um problema, mas como um marco positivo. Infelizmente, parece que algumas notícias demoram a chegar ou são as pessoas que apresentam uma certa dificuldade para escutar...
Assim, políticas direcionadas à população idosa em nosso país também são recentes e mudam de mãos antes de se tornarem efetivas. Isso nos obriga a repetir o mito grego de Sísifo: todos os dias somos condenados a empurrar uma grande pedra ladeira acima e ao fim do dia a vemos rolar novamente ao ponto de partida. E recomeçamos no dia seguinte, no governo seguinte, e contamos de novo para o novo gestor a mesma história: “Olha, o Brasil está envelhecendo. Em quinze anos seremos a quinta ou sexta população idosa do mundo. Em trinta, de cada quatro brasileiros, um será idoso...”
Além disso, existe uma cultura nacional de valorização da juventude que reforça comportamentos de negação da velhice, em que ser velho ainda significa estar doente, dependente e excluído da vida profissional, familiar, cidadã. Esse fenômeno é confirmado quando se analisa a desimportância com que tem sido tratado o processo de envelhecimento, o qual entra governo, sai governo, não é incluído de fato na pauta das prioridades das políticas públicas nem se materializa no orçamento e financiamento que lhe são destinados.
Assim, a Política Nacional do Idoso nasce sob a coordenação do Ministério da Previdência e Assistência Social, mas o desmembramento daquele Ministério em dois, um da Previdência Social e outro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome coloca a política do idoso sob a coordenação deste último. Em 2009, a coordenação da Política Nacional do Idoso muda de mãos e é repassada ao Ministério da Justiça, junto à Secretaria Especial de Direitos Humanos, hoje Secretaria de Direitos Humanos, órgão diretamente ligado à Presidência da República.
Esta mudança, justificada pela abrangência dos direitos da pessoa idosa que ultrapassam uma única política, não vem acompanhada da estruturação necessária para que a Secretaria possa agir a contento na defesa dos direitos dos idosos. Por exemplo, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso ao analisar o organograma e o regimento interno da Secretaria constata que este dispositivo legal de 2010 não inclui, entre as competências daquele órgão, coordenar a Política Nacional do Idoso, pois isso não está previsto na lei de criação da Secretaria de Direitos Humanos. A Secretaria tem a vantagem de estar junto à Presidência e a desvantagem de não ter a capilaridade necessária para chegar mais perto da população idosa. Na estrutura organizacional da Secretaria de Direitos Humanos, há a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência, mas não há a Secretaria Nacional da Pessoa Idosa. Esta inadequação legal somada à falta de tradição da defesa de direitos humanos no tratamento das questões relativas ao envelhecimento e à sua estrutura insuficiente para responder aos atuais 21 milhões de idosos dificultam sobremaneira a efetivação da Política Nacional do Idoso. Tudo isso para apontar as dificuldades do lado do gestor da Política. E do lado de quem utiliza e precisa da política?
O envelhecimento não interessa apenas aos idosos.
O envelhecimento é sim um direito que possui uma dimensão transversal que perpassa cada uma das políticas de direitos sociais, como saúde, trabalho, previdência e assistência social, transporte, habitação, justiça, entre outras, mas também é vivenciado na verticalidade. Para envelhecer bem é preciso ter tido direito a uma boa gestação, a um parto em boas condições, a uma infância protegida e com acesso a estímulos e aprendizagem, a uma juventude com oportunidades de formação e de ingresso no trabalho, a uma vida adulta com recursos profissionais, cobertura previdenciária e possibilidade de constituição de família, de ter filhos e netos, para chegar à fase da velhice de forma ativa e saudável e usufruir de tudo o que foi conquistado ao longo da vida.
Nas últimas décadas o Brasil tem subido posições no ranking que avalia o desenvolvimento econômico, mas ainda pouco em termos de desenvolvimento humano. Por isso o tema dessa Conferência pretende abranger o direito a uma velhice com dignidade. Para alertar gestores, legisladores, juízes, promotores, defensores a apoiarem todas as lutas que resultem em políticas que garantam o direito a cada brasileiro de envelhecer com dignidade.
Pois, a noção de “dignidade” pode envolver conceitos como moral, honra, decência, decoro, brio, amor-próprio, etc. Ser digno significa ser merecedor, ser respeitável. Ser digno significa amar o que sou, o que me tornei, o que fui capaz de fazer com o que a vida fez comigo. Aceitar e acolher o que não depende de mim e enfrentar com coragem as minhas dificuldades. Significa manter e ver garantida a manutenção de uma condição tal, perante si mesmo e a sociedade, que não enseje vergonha ou constrangimento. Pelo contrário, seja motivo de orgulho e admiração.
Quando se desrespeitam os direitos humanos, formalmente reconhecidos em quase todas as constituições do mundo, assiste-se à negação da dignidade. Um ser sem significado não merece respeito, no máximo indiferença, pois ele é banal e banal é a violência exercida sobre ele. Por isso a sociedade se cala e o Estado se omite diante de tantas formas e disfarces da violência contra a pessoa idosa.
Mas, acreditamos que ainda seja possível envelhecer com ternura, sem endurecer, sem desistir de um projeto de paz e de amor, e é para isso que estamos aqui, de novo, de ponta a ponta do Brasil, debatendo direitos que são nossos, que são de todos.
Para sair dessa apatia em que cada um culpa o outro e nenhum se mexe, se faz necessário o compromisso de todos: órgãos públicos e sociedade; todas as políticas; todas as gerações. Todo direito que conquistamos para a pessoa idosa se reverte em benefício para todas as outras etapas da vida. Este é o pacto que precisamos fazer: que essa conferência seja propositiva e defina as prioridades que devem nortear as políticas e os movimentos sociais. Pois ficará velho o branco, o negro, o índio, o cigano, o homem do campo e o da cidade, as mulheres, os gays, os religiosos, os ateus, todos enfim que tiverem a graça de permanecer vivos. Queremos mais. Queremos permanecer vivos, mas não apenas durar. Queremos poder envelhecer com dignidade e isso é possível quando celebrarmos a vida. Quando acreditarmos na humanidade que está presente em cada um de nós. Quando nos libertarmos do falso moralismo: “o que os outros vão pensar”? Quando nos dispusermos a cumprir a nossa parte no compromisso. A nossa parte é: estar presente, denunciar todas as formas de violência, angariar parcerias, articular políticas, integrar gestores, dialogar com a população idosa e não idosa, aprender com os mais velhos a resistir e a cooperar. Para resgatarmos a dignidade da nossa sociedade é importante criar oportunidades de convivência entre as gerações, para proporcionar a religação dos saberes e a experiência dos múltiplos sabores que a vida nos oferece. Resgatamos a dignidade quando exercemos nosso direito e dever de participar do mundo de hoje, sem abrir mão de valores éticos e nos julgando cidadãos dignos de respeito.
É para isto que estamos aqui. Esta é a maior finalidade da Conferência: resgatar o senso de dignidade para a vida de 21 milhões de brasileiros, que brevemente serão 30, 40, 50 milhões. Termos a garantia de que o que fazemos aqui, hoje, se somará ao que os outros vinte e seis Estados farão e servirá de base para a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Esperamos vocês em Brasília, de 23 a 25 de novembro deste ano. Queremos desde já dizer: obrigada pela sua presença e pelo seu tempo dedicado ao bem público e, em especial, ao bem da pessoa idosa. Sejam bem-vindos.
Sejam bem-vindos. O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso se orgulha de poder servi-los e deseja a todos sucesso na Conferência Estadual e na Nacional.

26 de set. de 2011

Conferência Estadual - VI

XIII Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa destaca a luta pelo envelhecimento digno
Idosos engajados na luta e conscientes de seus direitos votam em propostas de melhoria

Na noite do dia 21 de setembro, iniciou-se a XIII Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, no Hotel Monte Real em Águas de Lindóia, com duração de três dias. Com o tema “O compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil”, o evento contou com a presença da Secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, na cerimônia de abertura. O evento abriu oportunidades para a população debater mudanças e ajustes necessários para que os 21 milhões de brasileiros idosos tenham mais qualidade de vida no país. Mais de 400 pessoas deram um exemplo de cidadania, com participação ativa na luta por um envelhecimento digno e na tentativa de transformar suas propostas em leis.
Com os objetivos de resgatar o senso de dignidade e de destacar a luta e a importância de investimentos no processo de envelhecimento, a XIII Conferência pretendeu fortalecer a relação entre governo e a sociedade civil na formulação e execução de políticas para pessoas idosas; discutir e avaliar a implementação, os avanços e desafios da Política Nacional do Idoso; promover, qualificar e garantir a participação de idosos no controle das políticas públicas e mobilizar a população para a conquista do direito ao envelhecimento digno.
A Secretária Eloisa defendeu a garantia dos direitos dos idosos pelo Estado de São Paulo. Não apenas na área de saúde e atendimento médico, como também na oferta de lazer, turismo, educação, esporte e cultura a esta população. “Cabe ao Governo do Estado de São Paulo garantir dignidade e cidadania aos idosos”. O Estado tem mais de mais de 4,3 milhões pessoas com mais de 60 anos. Em 2020, serão cerca de 7,1 milhões em São Paulo.
“A Conferência tem um significado muito importante, é um evento democrático, no qual são propostos avanços para consolidação de políticas públicas na conquista de um envelhecimento com qualidade” disse a Terezinha Aparecida Teixeira da Rocha, 65 anos, presidente do Conselho Estadual do Idoso e enfermeira aposentada. Para a presidente do Conselho Nacional do Idoso, Carla Cristina Giacomini, a XIII Conferência é um manifesto público do desejo da população brasileira de ver respeitado o seu direito de viver e de envelhecer plenamente. “O Brasil está envelhecendo, em 15 anos seremos a quinta população idosa do mundo”, completou.
Organizada pelo Conselho Estadual do Idoso, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, a conferência propôs cinco eixos temáticos para serem discutidos e transformados em propostas. Os temas foram: 1. Envelhecimento e Políticas de Estado; 2. Pessoa Idosa: protagonista da conquista e efetivação de seus direito; 3. Fortalecimento e Integração dos Conselhos; 4. Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados, Distrito Federal e Municípios; e 5. A diversidade do envelhecimento a defesa de populações idosas vulneráveis ou especiais.
Os participantes se dividiram em 10 salas para deliberar novas diretrizes a serem encaminhadas à III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Os grupos formados eram constituídos por representantes de conselhos do idoso estadual, regional e municipal, que escolheram um eixo específico para apresentar as principais necessidades locais.
Os grupos propuseram melhorias e ajustes na área de saúde, educação, transporte, lazer, esporte, direito e cidadania. Algumas propostas se tornaram diretrizes prioritárias e serão levadas para Brasília. “Esse ano, o trabalho dos grupos foram de muita qualidade, com alto empenho dos participantes em discussões de muita importância à pessoa idosa”, avaliou a professora Dirce Maran de Carvalho, da Secretaria da Educação e membro do Conselho Estadual dos Direitos dos Idosos.

Conselho Estadual do Idoso
O Conselho Estadual do Idoso completa 25 anos em 2011, sendo protagonista na abertura dos caminhos para avanços em São Paulo, em relação aos direitos do idoso. “A maioria das leis estaduais que promovem um envelhecimento digno passaram pela plenária do Conselho”, explica a presidente, Terezinha Rocha. “A formação de conselhos e de organizações da sociedade civil influencia diretamente na participação dos idosos no cotidiano, de forma inclusiva”, concluiu.
Diversas políticas públicas foram implementadas no Estado de São de Paulo a partir das propostas formuladas nas últimas 12 conferências estaduais, como: Projeto Futuridade (Plano Estadual para a Pessoa Idosa); Vila Dignidade (habitação); JORI (jogos regionais do idoso); Praça do Idoso e diversas conquistas na área de saúde, a exemplo das visitas médicas domiciliares e do tratamento de usuários de drogas na terceira idade.
Em âmbito nacional, destacam-se os Centros de Referência de Saúde do Idoso (serviço interdisciplinar com a integração da rede de atenção do idoso); Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e a gratuidade na utilização dos transportes estaduais e municipais.
Fonte: Assessora de Imprensa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

21 de set. de 2011

Conferência Estadual - V

Conferência estadual debate proteção e defesa do idoso
Encontro discutirá o compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil

O Conselho Estadual do Idoso, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, promove nos dias 21, 22 e 23 de setembro a 13ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa no Hotel Monte Real, em Águas de Lindóia. A cerimônia de abertura contará com a presença da secretária da Justiça, Eloisa de Sousa Arruda, e da vice-presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, Rita Dalmaso, que representará o secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia. Karla Giacomin, membro do Conselho Nacional de Direitos do Idoso, ministrará a palestra magna da conferência.
Em 2011, o Conselho completa 25 anos, sendo o protagonista na abertura dos caminhos para grandes avanços em São Paulo. "A maioria das leis estaduais que promovem um envelhecimento digno passaram pela plenária do Conselho", comemora a presidente, Terezinha Rocha. "A formação de conselhos e de organizações da sociedade civil influencia diretamente na participação dos idosos no cotidiano, de forma inclusiva", explica.
Diversas políticas públicas foram implementadas no Estado de São Paulo a partir das propostas formuladas nas últimas 12 conferências estaduais, tais como: Projeto Futuridade (Plano Estadual para a Pessoa Idosa); Vila Dignidade (habitação); Jori (Jogos Regionais do Idoso); Praça do Idoso e diversas conquistas na área da saúde, a exemplo das visitas médicas domiciliares e do tratamento de usuários de drogas da terceira idade. Em âmbito nacional, destacam-se os Centros de Referência de Saúde do Idoso (serviço de atendimento interdisciplinar com a integração da rede de atenção do idoso); Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e a gratuidade no uso dos transportes estaduais e municipais.
Na Conferência Estadual, serão debatidos temas relevantes para o campo do envelhecimento relacionados à justiça, saúde, previdência social, assistência social, educação, cultura, esporte, lazer, habitação, transporte e acessibilidade. Entre os desafios da Política Nacional, está o enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. Conforme a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Maria Cecília de Souza Minayo, no Brasil, as violências e os acidentes são a sexta principal causa de morte entre os idosos. Os principais tipos de violência contra os idosos são os abusos financeiros e econômicos, a violência estrutural (extrema pobreza), a violência institucional (prestação insatisfatória dos serviços de saúde, assistência e previdência social) e a violência familiar (abusos e negligências).
O encontro reunirá 416 delegados eleitos nas 16 conferências regionais realizadas nos últimos três meses no Estado de São Paulo. Cerca de 450 pessoas participarão do evento. "Tivemos o cuidado de convidar pessoas gabaritadas, que possam nos auxiliar na melhor construção das diretrizes para São Paulo e para o Brasil", afirma Terezinha Rocha.
A etapa estadual vai sistematizar as propostas do Estado para impulsionar políticas públicas de inclusão e defesa dos idosos, que somam mais de 1,3 milhão de pessoas - cerca de 12% da população paulista. Na ocasião, serão distribuídos exemplares do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) e da Lei Estadual 12.548/07, que agrupa e consolida a legislação já existente sobre o tema. A Secretaria da Justiça proporcionará toda a infraestrutura e apoio para a realização do evento.
O aumento da expectativa de vida e a mudança dos hábitos da sociedade nas últimas décadas também impulsionam o debate sobre a regulamentação dos profissionais que atuam na área de atenção aos idosos. "As profissões de cuidador e de gerontólogo serão amplamente debatidas na conferência", adianta Terezinha Rocha.
Entre as propostas levantadas nas etapas regionais que serão aprimoradas no encontro estão: ampliação da rede de atendimento público em gerontologia e geriatria, com a criação de hospitais geriátricos; gratuidade de viagens rodoviárias intermunicipais e/ou desconto no valor das passagens; criação de delegacias, ouvidorias e varas especializadas; implantação de cursos de cuidadores pela rede pública de ensino; cursos de alfabetização de idosos no período diurno; construção de repúblicas para idosos e criação de políticas habitacionais voltadas para esse público; maior fiscalização ao atendimento prioritário em estabelecimentos e no direito de assentos preferenciais; programas de inclusão digital exclusivos para a terceira idade; criação de novas mídias e campanhas para a promoção dos direitos dos idosos junto à sociedade; ampliação do número de conselhos municipais do idoso; criação do Fundo Municipal do Idoso, com repasse de 1% do orçamento do Estado, União e municípios que possibilitem a autonomia financeira dos conselhos; criação de mecanismos fiscais para a pessoa idosa no setor privado; etc.
A conferência é um evento democrático composto por representantes do governo e da sociedade para proposição de novas diretrizes e consolidação de políticas públicas e fortalecimento da participação do próprio idoso na defesa de seus interesses.
Fonte: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

8 de set. de 2011

Convocação e Pauta - 84ª Reunião

CONVOCAÇÃO
 
A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso - CMDI convoca os Conselheiros para a 84ª Reunião Plenária, Ordinária, que irá realizar-se no dia 04/10/2011, terça-feira, às 09h00. no Auditório da Casa dos Conselhos, com sede na Rua 31 de Março s/nº, Praça Anny Carolyne Bracalente, Vila Boa Esperança. Ressaltamos a importância da presença e participação dos Conselheiros, nesta reunião, para assegurar as deliberações e encaminhamentos das matérias em discussão neste Conselho.
 
PAUTA

EXPEDIENTE:
  1. Comunicação e justificativas de ausência de conselheiros;
  2. Leitura, discussão e aprovação da ata anterior;
  3. Ciência de correspondências e documentos recebidos;
  4. Comunicações gerais.
 
ORDEM DO DIA:
  1. Apresentação das comissões sobre o andamento da Cartilha, termo de visita e organização do recebimento de denuncias;
  2. Fundo Municipal do Idoso – (FMI)
  3. Assuntos Gerais;
 
Valinhos, 08 de setembro de 2011.
 
Maria Lúcia Gonçalves Brocanelli 
Presidente

6 de set. de 2011

Ata da 83ª Reunião.

Ata da Octogésima Terceira (83ª) Reunião Plenária, Ordinária, do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, realizada no dia seis de setembro de dois mil e onze (06/09/2011), às nove horas e trinta minutos (09h30, na sede da Casa dos Conselhos, com sede na Rua Trinta e um de Março s/nº, Praça Anny Carolyne Bracalente, Vila Boa Esperança, Valinhos/SP. Presente os seguintes Conselheiros Titulares: Maria Do Carmo Carvalho Vedovato, Julio Cesar da Silva, Maria Lucia Gonçalves Brocanelli, Nilza S. Sutero da Silva, Maria Cecilia Carvalho, Marconi de Morais Brito, Sandra Regina Biral Santiago Soares e Vlademir Antonio Veche. Conselheiro Suplente: Leandro de Lima Custodio. Presente o numero regimental de membros foi aberta a reunião pela Presidente Expediente: I- Justificativas de ausências e Comunicações: Não houve; comunicações:  justificaram ausências Bráz Eugenio C. Franceschini, Maria Aparecida Sartori e Antonio Carlos Falsarella.  II- Leitura, discussão e aprovação da ata anterior: Não houve; III- Ciência de correspondências e documentos recebidos: Não houve. ORDEM DO DIA: I- Encaminhamento da Cartilha: a cartilha será formada sem figuras. Vlademir ,Maria Lucia e Julio Cesar formará comissão de encaminhamento da cartilha II- Discutir sobre a elaboração do Termo de Visita: Leandro, Marconi, Maria do Carmo e Sandra irão elaborar termo de visita III- Nomear Comissão de Fiscalização das entidades: Não houve a nomeação nesta reunião; IV- Assuntos Gerais: Será marcada uma reunião para discutir e montar semana do idoso. A conferencia regional foi complicada, havendo praticamente a eleição de delegados. Vlademir, Sandra, Leandro e Maria Lucia irão se reunir para definir a  participação do CMDI na Semana do Idoso. Sandra e Nilza ficarão encarregadas  com o caderno de denúncias Nada mais havendo , deu-se por encerrada a reunião da qual eu Marconi de Morais Brito, lavrei a presente ata, que será assinada pela diretoria executiva.

Observatório de Direitos Humanos

O Observatório de Direitos Humanos é uma via de divulgação de informações importantes sobre a defesa de direitos humanos e a forma de atuação de organismos internacionais, como a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, principal instrumento de proteção internacional desse rol de direitos.
Ademais, o Observatório apresenta um novo canal de recebimento de denúncias e um mecanismo de monitoramento das violações de direitos humanos no Estado de São Paulo.
Sua instituição justifica-se uma vez que, apesar dos inúmeros Tratados Internacionais protetivos ratificados pelo Brasil, as violações a direitos humanos continuam a ocorrer de forma sistemática.
Nesse sentido, impõe-se firme atuação estatal na temática, com vistas a coibir e enfrentar tais mazelas, institucionalizando a defesa e a promoção dos direitos humanos, a fim de proteger o bem comum e o interesse público, tudo com vistas a demonstrar o empenho da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania com a rede internacional de promoção e defesa dos direitos humanos.
Assim, os objetivos do Observatório de Direitos Humanos são, basicamente, três:
  1. Monitorar os processos existentes contra o país perante a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, disponibilizados nos respectivos endereços eletrônicos e divulgar os elementos coletados para a população.
  2. Servir de canal de denúncias sobre violações de Direitos Humanos no Estado de São Paulo.
  3. No Estado de São Paulo, realizar acompanhamento formal das medidas adotadas em face da violação cometida.